domingo, novembro 27, 2011

gravidez depois dos 50 anos?!

Quinta feira passada fui a minha medica para uma consulta de rotina.
Enquanto esperava sentada de um lado observei uma gravida sentada do outro bem na minha frente ja nao tao jovenzinha quanto as outras, ela ouvia musica e lia uma revista muito entretida.

Ao chama-la, minha medica que me conhece desde pequena, me chamou pelo nome e com um largo sorriso pediu a essa paciente que me contasse sua idade.
A paciente nao entendeu nada. ficou muito sem jeito, (afinal de contas nao se pergunta a idade de uma mulher, ainda mais assim em publico!) ela entao olhou pra medica, que sorria claramente feliz com a resposta que estava por vir, hesitou mais um pouco, mas o sorriso da medica lhe deu coragem e ela finalmente respondeu: 52 anos!

Eu fiquei maravilhada e na hora me escapou, uau! que corajosa voce é! parabens!
Minha medica com um largo sorriso nao escondia o orgulho e complementou: ela é minha paciente recorde!

visivelmente constrangida ela entrou na sala.
 Matteo dormia no meu colo e eu fiquei ali, pensando no que acabara de presenciar, nao eh lindo podermos engravidar aos 52 anos?
Nao sei se era ou nao o primeiro filho, mas isso nao importa, o que importa é que uma gravidez com essa idade nao era uma possibilidade ha alguns poucos anos... senti que estamos evoluindo, melhorando a qualidade de vida e por isso podemos pensar em comecar uma vida quando estamos na metade da nossa, o que se voce pensar bem, quando se vivia ate os 30, 40, tinha-se filhos aos 15... era a metade tambem...
só que agora eu acho que podemos aproveitar mais e melhor a vida!


e voce, o que acha?

quinta-feira, novembro 24, 2011

Dormir or not dormir...

Que o desenvolvimento de um bebê é algo extremamente rápido e impressionante todo mundo sabe, mas entender tudo o que se passa com esse pequeno exige muito de uma mãe... São várias fases, descobertas, aflições.
O Bernardo está com 11 meses e 6 dias. Ele nunca gostou muito de dormir, mas de uns dois meses pra cá, têm se tornado quase impossível, se não fosse o poço de paciência em que eu me transformei depois do nascimento dele. Por volta dos quatro meses, ele começou a mostrar a que veio, dizem que é a partir daí que o bebê descobre que quando ele chora ele tem a atenção dos pais, e começamos a ver as nuances de personalidade. Pois bem, nessa fase ele começou a dar um pouco mais de trabalho pra dormir. Não dormia como os outros bebês da idade dele, sempre ficava acordado o máximo que pudesse, e claro, o sono trazia irritação. Mas até então, era só dar três glóbulos de Chamomilla radix D3, embalar, dar um cheirinho e ele acabava cedendo e caindo no sono. Conforme os meses foram passando a ânsia dele por informação foi ficando cada vez maior, natural, e eu fui me tornando uma espécie de ermitã. Nada de ficar muito tempo na rua onde ele tivesse muito estímulo, nada de visitas prolongadas, onde as pessoas falassem muito, ou cantassem, ou brincassem muito, tudo isso era super estimulante, e a hora de dormir se tornava quase que um suplício. Com seis meses ele passou a acordar de madrugada aos prantos, e o pediatra me falou sobre os marcos de desenvolvimento que estariam por vir a partir dali, o que poderia intensificar essa "dificuldade" de dormir, além da tal ansiedade de separação. É algo que acontece entre 6/8 meses e pode durar até os 2 anos. Ele teve períodos de estabilidade, mas aos 9 meses isso se intensificou. Coincidência ou não foi depois qu
e ele conseguiu engatinhar, e está prestes a começar a andar. A ansiedade de separação é um período delicado, e aflitivo pro bebê, ele já entende que ele e a mãe não são a mesma pessoa, e tem medo de perder a mãe. As vezes uma simples engatinhada até outro cômodo pode acabar em choro quase que inconsolável, pela distância provocada. O Bernardo está assim. Deixar ele na sala e ir até a cozinha pegar algo pra ele comer, é motivo pra ele ficar aos berros, e soluçando, como se estivessem torturando ele... E as sonecas diurnas, estão praticamente extintas de nossas vidas. Por mais sono que ele tenha, a ansiedade é tanta, que ele chora por horas, as vezes até a exaustão... foi o que aconteceu outro dia, fazendo ele pegar no sono no meio do chão da sala. =P

Mas o que fazer meu senhor?!
Ter muita paciência, amor e carinho.

Alguns remédios antroposóficos estão nos auxiliando, um para a ansiedade, outro pra acalmar, e outro para medo noturno. Um bom banho - com algumas gotas de óleo de lavanda, morno/quentinho podem ajudar bastante a relaxar. Eleger, ou incentivar um "objeto de transição", um bichinho, ou uma naninha, pra que esteja sempre por perto e o ajude a suprir a falta que ele sente da mãe, é um bom recurso. Sempre ir dormir saciado é outro atenuante, relaxado do banho e alimentado, ele tende a se entregar ao sono com um pouco menos de dificuldade. E carinho minha gente. Muito carinho. As vezes é estressante, mas não podemos esquecer que pra eles é muito pior.

Aqui em casa, estou tendo a grande sorte de poder ficar com o Bernardo o tempo todo, isso pode ajudar, mas também pode prejudicar, já que ele está acostumado a ver só a minha figura quase que o tempo todo. O ideal é que o bebê tenha contato com outras pessoas, mesmo que só por algumas vezes na semana. Assim ele passa a se habituar com rostos diferentes do da mãe. Brincar em grupo também é um bom exercício. O Bernardo adora estar perto de outros bebês, a diferença no comportamento dele é nítida quando ele tem amigos por perto.
O assunto é extenso e profundo, ótimo tema pra ser pesquisado, perguntado, e estudado...

Aqui tem algo a respeito, e aqui tem uma tese portuguesa, que aprofunda um pouco mais no assunto, mas uma ótima saída é conversar com o/a pediatra do seu filho! Eles sempre nos ajudam e nos mostram uma luz no fim do túnel!

E aqui vamos seguindo com fé e força! Acreditando que amanhã vai ser mais fácil! rs.

Boa noite.
=)

domingo, novembro 20, 2011

Celebrar ou festejar?


É incrível como o tempo passa rápido... pode parecer clichê, mas o tempo passa muito rápido.

Mês que vem o Bernardo faz 1 ano. E uma dúvida vêm me rondando... o que fazer? Depois que a gente vira mãe, ouve todo o tipo de dica, conselho, ideia... em relação a tudo, as vezes acho isso bom, porque me faz pensar mais, correr atrás de informação e chegar a minha própria conclusão. Mas tô bem na dúvida do que fazer.

Festa? Mas o bebê é pequeno, não vai se lembrar, e muito menos aproveitar... ele ainda precisa de um lugar calmo pra tirar uma soneca, e há grande chance de isso não acontecer se a festa for grande. Ainda mais no caso do Bernardo, que tem dado um trabalho absurdo para dormir durante o dia, é a hora que ele mais odeia. Se existe alguma coisa que o distraia então... pode esquecer.
Deixar passar, e comemorar o próximo? Mas, é o primeiro aniversário! Deixar essa data tão significativa passar em branco?
Então tenho ponderado algo pequeno, e em casa... mas pra quantas pessoas? Amigos com filhos só, ou os sem filhos também compõem a lista de convidados? O que servir, já que terão adultos e crianças? Mando todo mundo tirar o sapato na porta? Tem gente que vai torcer o nariz pra isso, e meu marido talvez seja um deles... onde já se viu, pedir pro convidado tirar o sapato na porta, nem vai ter tanto bebê assim!? =P

Eu achei um monte de ideias de festas em casa. Coisa que adoro. Colocar a mão na massa. Sempre adorei receber gente em casa. Mas nada muito focado em bebês. Buffet acho que ainda não é o caso... só iria estressar o pequeno sedento e "ansioso". Além do que, os preços de buffets hoje em dia são exorbitantes, e até ridículos. Me pergunto como eles tem coragem de cobrar aquele valor de uma pessoa, por algumas horas de diversão sintética e barulhenta... enfim, ainda não tenho nada decidido, mas ideias, sugestões e experiências são muito benvindas!
E quando tudo estiver certo, volto aqui pra contar.
=)

quinta-feira, outubro 20, 2011

O começo... ah o delicioso e estranho começo!



Bom, vou poupar a todas daquele blá, blá, blá de desculpas por ter ficado tanto tempo longe e tal, mas só tenho uma coisinha a dizer.. a vida é mesmo uma loucura, e com um bebê pequeno, mudança, casa pra arrumar, e limpar... uau.

Jamais me imaginei nessa situação, rs. Enfim.



Eu acho que já comentei sobre quando descobri que estava grávida. Foi uma loucura. Eu tive uma crise de choro, me recusei a acreditar e várias coisas... aí o tempo passou, rolou o primeiro ultra, e eu ouvi o coração. Aí a ficha caiu.Eu tive muuuuuuuito enjôo. Quando descobri, estava de 3 semanas, e com uma viagem de "lua de mel" pra Europa marcada. Foi a pior viajem da minha vida! Leonardo sofreu, coitado. Aqueles vinhos maravilhosos se tornaram vinagres na minha boca... aquelas inúmeras lojas de queijos nas ruas de paris me deixavam verde... e as pessoas parisienses?! Eu tinha nojo de todas elas. Até dos homens loiros de olhos azuis da cor do mar, lindíssimos. Mas fedidos. Sim, eles fedem de verdade. E na Espanha foi pior. As pessoas ainda fumam dentro de qualquer estabelecimento, veja bem, eu disse qualquer, sem ala de fumante ou não fumante. De manhã, na padaria, nos cafés de 2 por 2... em todos os lugares!Bom, mas o intuito do blog é dar dicas pra quem estiver passando por isso, ou prestes a passar por isso né... mas na verdade eu não tenho dicas sobre isso.

Tive um péssimo comportamento nesse período, me enchia de Plasil, e Kolantyl todos os dias... era a única coisa que me fazia viver. Eu continuei sentindo enjôos até o quinto mês. 20 e poucas semanas. Depois fiquei um mês tranquila, linda, feliz. E no sétimo, vieram as azias. Mas isso é outro post... =)

Eu não fiquei 20 semanas me entupindo de remédios... Depois de umas duas semanas após a descoberta, eu resolvi pensar como mãe, e parei de tomar qualquer remédio... nem o kolantyl, que é uma pastilha antiácida, eu admitia, aí depois fui descobrir que na bula diz que não deve ser administrado por mulheres grávidas.

Aliás, essa é minha dica... sempre leia a bula! Evite qualquer remédio, mas se for inevitável, converse com seu médico, e leia a bula, de verdade!No mais... chás... só pioram. Água quente não é agradável pro estômago enjoado. Água também não ajuda, a não ser que seja com gás e geladinha. Comer fracionadamente ajuda... Aliás é essencial se alimentar a cada 3 horas! Coisas cítricas, e azedinhas são agradáveis.

E paciência minha gente. A gestação é só o começo de um graaaande exercício de paciência. Lembre-se do tamanho do amor que você carrega dentro de você, talvez você ainda não saiba, mas quando ele nascer será como se sempre soubesse!E como disse muito a minha mãe... toda vez que eu reclamava... depois passa, e a gente esquece mais rápido do que imaginava! hahahahahaha!

=)


segunda-feira, outubro 17, 2011

com quantos meses você está?

Gente!!
eu sempre achei que deviamos estampar na testa que estamos grávidas, principalmente no comecinho da gravidez, para que as pessoas soubessem e pudessem colaborar com as devidas gentilezas.
ou mesmo pra facilitar a resposta a pergunta mais ouvida: "de quantos meses você está?"


Achei como fazer isso!

Ok, é um pouco discreto para os mais distraidos, mas ja é um começo.
E é fofo demais, não acham?!!
Eu quero!


vá lá: BUTTONS-BELLY BUTTON (SET OF 7) belly baby

terça-feira, setembro 06, 2011

Sobre o enxoval

Taí uma questão bem complicada para uma mãe de primeira viagem, como começar a fazer o enxoval, por onde? O que eu realmente preciso, o que é esse tal de cueiro? Mijão ainda se usa?
Enfim, muitas questões, muitas complicações, mas calma, não é assim não complicado!
Primeiro devemos nos atentar para a época do ano em que o bebe vai nascer, isso ajuda um pouco pra quem mora em são Paulo, mas tenha sempre em mente que o tempo aqui não é assim muito estável, podemos ter um veranico e uma frente fria a qualquer momento...

Me baseei em uma lista do blog de uma amiga (http://clubedemaes.blogspot.com/)
E fiz comentários e alterações que achei que melhor se adaptaram a mim.
O Matteo nasceu no final de agosto, com mais de 4 quilos.

Mas a dica básica é: baseie as compras em bodies, de manga longa, manga curta e macacões com manga que fecham na frente, se o bebe nascer no inverno compre de plush, são ótimos, não mancham com facilidade, lavam fácil, secam logo, você vai usar muuuuito!
Camisetas sobem quando você pega no colo e deixam as costas de fora, vestidinhos em criança pequena também só atrapalham, seja muito pratica, você vai trocar muuuuita fralda, verifique os botões, prefira os de pressão, são mais fáceis de fechar, criança odeia ser trocada, tudo tem que ser feito muito rápido.
Evite babados, golas, penduricalhos, laços, não use nada de enfeite na cabeça, pois pode machucar, principalmente aquelas tiaras de elástico em meninas, isso faz muito mal, e sempre de preferência aos tecidos naturais, o que ficar em contato com a pele deve ser de algodão 100% e bem molinho.
Sapatinhos com sola dura não devem ser usados até que a criança saiba andar bem. Existem meias com sola antiderrapante que são ótimas para o início do aprendizado.
E principalmente, lave todas as pecas antes de usar com sabão de coco e não use amaciante.
Quanto menos perfume melhor, bebês são muito sensíveis a cheiros e o seu cheiro é o mais importante de todos.
Lembre-se de que bebes sentem só um pouco mais de frio que adultos, mas não tanto assim, eu agasalhei demais o Matteo logo no inicio e ele ficou cheio de brotoejas, que cocam e incomodam.
(em caso de brotoejas, banho com 1 colher de sopa de maizena!!)
Se você tiver uma secadora, pode diminuir a quantidade de roupas, toalhas e lençóis.

Para a maternidade, separe em sacos tipo zip loc, as mudas completas e escreva com canetão a ordem de uso, principalmente pq a primeira roupa quem vai entregar será o pai, e se estiver tudo separado é só ele pegar e entregar pra enfermeira, assim o bebe não usará a roupa da saída da maternidade que você escolheu com tanto carinho logo no primeiro dia! ;)

Quanto a escolha do primeiro carrinho surgem muitas dúvidas, pela minha experiência digo: escolha um que dobre fácil, q nao seja muito pesado, que fique o menor possível (pense no tamanho do seu porta-malas), um modelo reversível ou seja, que vc possa ver o bebê de frente enquanto empurra, e quando mais velho possa virar pra frente.
deve ser confortável, uma vez que você pode querer usar como berço no começo e durante o dia.
e mais tarde quando ele ja se sentar sozinho, voce pode mudar para o de modelo "guarda-chuva" muito mais leve e pratico, mas tente achar um modelo que deite o maximo possivel para que uma soneca no caminho nao deixe o pequeno todo torto.

Bom, espero que a lista ajude, qquer duvida peguntem!



bem quentinho com o cueiro e a bolsa termica de sementes
3 primeiros meses tamanho P (não vale a pena comprar RN)
- 1 saco de dormir (para o frio, se verão então ignore)
- 2 cueiros (para fazer "charutinho")
- 4 bodys de manga curta
- 8 bodys de manga comprida
- 4 culotes / mijão
- 8 macacões com mangas compridas com abertura frontal
- 2 toquinhas de algodão
- 2 casaquinhos de lã
- 2 casaquinho de algodão
- 6 pares de meias
- 2 mantas de linho ou algodão
- 2 cobertor ou edredom
- 4 jogo de lençóis para berço (eu comprei um jogo de malha na feira mamãe bebe, que é fantástico, muito mais macio, vale muito a pena! aliás, vale a pena ir nessa feira!)
- 3 jogo de lençóis para carrinho e moisés
- 1 protetor lateral de berço
- 3 toalhas felpudas com capuz - bebe tem mania de fazer xixi na toalha, tenha sempre uma limpa a mão.
- 2 dz. de fraldas de pano (e muita fralda de boca, são menores e ótimas pra passeios!!)
- 8 pacotes fraldas descartáveis RN (Turma da Mônica – até 5kg) (eu não usei RN, então veja bem o tamanho do bebe)
- Infinitos pacotes fraldas descartáveis em geral
(Para quem quiser, tem as fraldas de panos, super lindas e modernas)
1 - protetor de colchão (para não molhar de xixi, vomito... muito útil!)

Troca e Banho:
- 3 caixas de cotonetes
- 1 escova para cabelos macia (não precisa de verdade, é luxo, cabelo de bebe você penteia com as mãos...)
- 1 tesourinha de unhas para bebê (eu prefiro o cortador de unhas, mas pratico e seguro)
- 1 massageador de gengiva (Acessório feito de silicone, para massagear e limpar a gengiva do bebê. Usar apos o nascimento dos dentes, antes use gaze com água potável)
- 1 álcool 70% (para limpar o umbigo - muitas maternidades fornecem isso!)
- Infinitos pacotes algodão quadradinho (algodão de limpeza facial, você vai amar a praticidade, compre o tamanho grande, embalagem rosa da sussexx)
- 1 boa garrafa térmica (para o chá de camomila)
- Chá de camomila (que deve ser usado para limpar o bebê, sempre morno) (eu usei água fria desde o inicio... Mas vai de preferência)
- 1 Cumbuca para molhar o algodão na água ou chá.
- Pomada troca de fralda de Calêndula Weleda (é caro, mas dura meses!) (vale a pena)
- Óleo pós-banho de Calêndula Weleda (é caro, mas dura meses!) (vale muuuito a pena, o cheiro é maravilhoso e ajuda muito a pele sensível do bebe a se recuperar de qualquer coisa, use para fazer as massagens e na troca de fralda, umas gotinhas de nada, você usara um frasco por quase um ano.)
- Sabonete de calêndula Weleda (é caro, mas dura meses!) (eu substitui pelo sabonete Granado Bebê, é ótimo e bem mais barato. ;)

- 1 termômetro para febre
- 1 termômetro para banheira (mão na roda!!)
- 1 lixeira com pedal
- 1 porta roupas-sujas
- 1 cesta para colocar miudezas de troca
- 3 potes para algodão, cotonetes, pomadas, etc.
- 1 banheira ou Tummy Tub (balde para banho do bebê - você vai usar por pouco tempo eles crescem e não cabem mais, mas são muito práticos e acalmam que é uma maravilha!)
- 1 bolsa térmica (de água ou de sementes) para cólicas (a de sementes vende na Weleda, muito boa!)
- Combudoron Weleda (Pomada para picadas de insetos e queimaduras)

Quarto:
no berço com o véu de seda
- 1 Berço
- 1 Dimer para luz do quarto
- 1 cômoda com trocador
- 1 mosquiteiro
- par de véus de seda (mais sobre o assunto em Preparando a chegada do bebe)
- 1 poltrona para amamentar
- 1 apoio para os pés (para a mãe)
- 1 almofada de apoio (para a mãe)
- 1 babá eletrônica
- 1 moringa para água ou garrafa de água (mamãe)
- 1 almofada de amamentação (essencial!!)

Passeio:
- 1 Moisés
- 1 berço para viagens dobrável
- 1 carrinho que recline totalmente
- 1 bebê conforto
- 1 espelho retrovisor para carro (eu considero um luxo, mas quando você tem não vive mais sem)
- 1 Casulo Sling Wrap (pano para carregar Bebê) (tenha, vale muito a pena, quando tem cólicas, quando não quer se acalmar, você coloca no sling e parece mágica!)
- 1 bolsa (grande com trocador portátil)
- 1 bolsa térmica para comidas, mamadeira, etc

Alimentação:
O uso ou não de chupetas e mamadeiras deve ser bem avaliado.
Evitar plásticos!
- 1 amassador de frutas e papinha (mouli) (ver em comidas)
- 1 cadeirão
- 2 prato fundo
- 2 jogo de talheres

Para a Mamãe
- Infinitas caixas de protetor de seio
- 1 pacote de absorvente pós-parto
- 3 soutiens para amamentação
- CHÁ MISTO DA MAMÃE da Weleda (ajuda na lactação)
- 1 par de concha plástica para seios
- 3 pijamas ou camisolas com abertura frontal
- 3 calcinhas pos parto com 2 tamanhos maior que o seu (você estará inchada principalmente se for cesárea)

Enxoval 3 a 6 meses
- 6 bodys manga comprida
- 6 / 9 (depende da estação) body manga curta
- 6 culotes
- 3 short ou macacão de sol (depende da estação)
- 6 blusa manga comprida (é aquela historia... a camiseta sobe, eu prefiro sempre os bodies, mas você decide.)
- 6 camisa manga comprida (camisa você acaba usando só em ocasiões especiais, veja a real necessidade)
- 6 macacão comprido
- 4 calças compridas
- 3 casaquinhos malha
- 6 pares de meias
- 2 touca e chapéu

Enxoval 6 a 9 meses
- 1 cadeira para o carro (a partir de 1 ano)
- 6 body manga comprida
- 6 body manga curta
- 4 culotes
- 6 macacões
- 2 pijamas
- 6 calças
- 5 short ou macacão de sol (depende da estação)
- 4 camisa manga comprida
- 4 camiseta
- 3 casacos
- 4 blusa manga comprida
- 2 touca e chapéu
- 6 pares de meias


Links onde você pode encontrar alguns destes produtos:
http://www.cirandainfantil.com.br/
http://www.weleda.com.br/farmacias/_sp.asp

domingo, julho 17, 2011

A dor do parto...

Finalmente consigo sentar para o meu tão suado primeiro post! Peço desculpas pela demora, e afirmo que não foi desleixo ou falta de interesse, foi tão só e unicamente falta de oportunidade.
Pensei em tanta coisa que gostaria de escrever, tanta informação, e fiquei me perguntando se deveríamos seguir uma ordem cronológica... talvez sim, mas a ocasião faz o ladrão, e nesta ocasião, mais uma lindeza de criança está vindo ao mundo... a filha de uma querida amiga nasceu na sexta-feira a tarde, e isso me deu uma vontade enorme de escrever sobre esse momento tão especial e divisor na vida de uma mãe.

Hoje em dia, o índice de cesarianas no Brasil é altíssimo, muito mais do que a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda, três vezes maior. O recomendado é que 15% dos partos sejam cesarianas, recomendadas somente quando há (reais) complicações, no entanto cerca de 47% dos brasileiros vem ao mundo dessa forma, 80% na rede de hospitais particulares.
Ainda não consegui entender muito bem o porque de tanta indicação de cesarianas pelos médicos, já que a OMS vem comprovando por várias pesquisas que os nascimentos naturais, espontâneos, com soluções não farmacológicas para o alívio da dor; beneficiam a saúde da mãe e do bebê, diminuem o índice de nascidos prematuros, diminui o risco de problemas fisiológicos e emocionais no pós-parto. Mas o que mais me incomoda é a falta de informação que ainda existe hoje em dia pela parte das parturientes, e muitas vezes conscientes e confortáveis com isso.

Quando descobri que estava grávida, a primeira sensação que tive, - dentro de um banheiro de um shopping - foi a de estar em alguns "loopings" em ação. Minha cabeça girou umas milhares de vezes e eu queria vomitar como a Regan Macnail (a menina do filme "Exorcista"). Senti um medo que nunca havia sentido em toda a minha vida, eu sempre tive medo de engravidar, não de ter um filho, mas de engravidar. Sempre me assustou a ideia de ter minha barriga aberta pra sair uma criança. Porque sempre foi essa a ideia de nascimento que tive... eu e minha irmã nascemos de cesarianas (eletivas!), então aprendi que eram assim que os bebês nasciam "normalmente". E isso me causava pânico! Sempre fui medrosa, choro com agulhas até hoje.
Bom, depois de outro teste de farmácia, - porque um só não era o suficiente pra eu acreditar que aquilo estava acontecendo - contar pro Leonardo (meu marido), que me esperava no corredor do shopping, meio que anestesiada e sem emoções o resultado positivo de novo, e logo em seguida uma ligação aos prantos para meu médico, eu decidi descobrir o que é ter um filho dentro no seu ventre, e como é que ele poderia sair dali. Nessa minha pesquisa de iniciante descobri coisas lindas, como o parto natural, o nascimento humanizado, o empoderamento da mulher no seu parto, e principalmente que a cesariana é sim uma opção segura, caso HAJA NECESSIDADE.

Infeliz ou felizmente, o Bernardo nasceu de uma cesárea. Depois de 39 semanas de yoga, exercícios para o períneo, encontros de gestantes, muito estudo sobre humanização no nascimento e um desejo imenso de ter um parto natural, entrei em trabalho de parto, e depois de algumas (17) doloridas horas sem evoluir em nada a dilatação, decidi aceitar a proposta do médico de fazermos uma cesárea. Ainda não consegui concluir se isso foi bom ou ruim, porém consegui concluir que tentei o máximo que eu pude. Não sei se hoje eu teria persistido mais, mas naquele momento eu fui até onde meu corpo permitiu, e era esse meu desejo maior, ouvir meu corpo falar.

A cesariana eletiva tem sido cada vez mais a opção de futuras mães sob a falsa visão de não sentir dor. Cesariana não é parto, é cirurgia. E como toda cirurgia, o pós, é bastante dolorido, com o adendo de termos um bebê para cuidar, dar banho, carregar, e etc. Existem inúmeras "desculpas" dadas pelos médicos para que "escolhamos" uma cesariana. - O Brasil é o único lugar no mundo, onde a mulher pode escolher o tipo de parto que deseja, independente da indicação clínica. - O parto normal, falando racionalmente, sem contar o sentimento de transformação que acontece, é um procedimento com menor complexidade e muito menor risco de infecção, melhor e mais rápida recuperação da mulher, e redução do desconforto respiratório do bebê devido as contrações e a passagem pelo canal de parto. Sem entrar em tantos detalhes...
Quer dizer que só é mãe quem tem filho de parto normal?
Meu filho nasceu de uma cesárea e eu me sinto muito mais mãe que muita mulher por aí, só acho que devemos sempre procurar pelo o máximo de informações possíveis, como em tudo na vida. Ouvir nosso corpo, deixar a natureza agir - ela é mais sábia do que imaginamos! Pensar mais nos benefícios e não nos malefícios. E principalmente não aceitar que decidam por nós.

Esse assunto dá muita conversa. É só dar um google pra confirmar. Com toda certeza ainda falarei mais sobre isso. =)

Bom finzinho de domingo.
Ótimo começo de semana.

domingo, junho 05, 2011

Filhos?

Pensar em ter filhos.
Uma coisa que nós meninas fazemos desde pequenas. Brincando de bonecas imaginamos se teremos um filho um dia. Seria menino? Seria menina? Qual a cor dos olhos? E os cabelos, seriam como os meus? Enfim parece que é coisa de menina...
Mas eu não pensava assim. Eu nunca teria filhos. Não queria colocar mais uma pessoa nesse mundo tão cruel.
Mas a vida vai passando, nos casamos e qual o curso "natural" do casamento? isso mesmo, filhos!
Mas como saber se devemos? como saber se realmente queremos?
Não tem como saber com certeza. Se você acha que deve, então que seja. Descobrir isso é uma coisa que as vezes pode ser muito difícil.
Mas quando vemos aquele sorriso, a mágoa, a tristeza e até uma eventual raiva que podia estar passando por ali naquele momento, passa imediatamente. Parece mágica!
Mas uma coisa é certa: antes de ter filhos devemos curtir muito a nossa vida, até cansar, cansar de botecos na madrugada, cansar de baladas intermináveis, cansar de tomar umas ate cair, cansar de tudo isso que nao pode ser feito depois que os filhos chegam.... não tão cedo.
Porque depois que os filhos chegam a sua vida muda, e se você não teve a vida vivida como queria antes, não vai ter ela de volta tao cedo, talvez nunca mais. (e por incrível que pareça, pode ser até por vontade propria!)

Pensei em algumas razões para se TER um filho.


Acordar de bom humor (independente de quantas horas dormiu, SE dormiu)

Acabar com a insônia.
Preencher aquele "vazio" ao chegar em casa depois do trabalho (e tentava preencher com cursos, outra facu...)
Arrumar o que fazer (porqque com filho por perto você nunca fica sem nada pra fazer)
Ter onde gastar TODO o seu dinheiro
Dar uma chacoalhada na vida a dois
Um motivo pra receber ligações da sua mãe (da sua sogra) no mínimo duas vezes por semana (chegar na casa dos seus pais e não ser cumprimentado é uma experiencia única!)
E finalmente se o seu potinho da paciência está BEM CHEIO, então você pode pensar em ter um (ou mais) filh@s.
Descobrir o sentido da CULPA (nasce um filho, nasce uma mãe que sente culpa)
Aprender que suas necessidade básicas nao vêm em primeiro lugar (fome? sede? banho?)

Ou NÃO ter...

Se você ainda quer ter suas noites de sono intactas,
Acordar ao meio dia nos finais de semana
Sair de casa a hora que der na telha
Estar gripada e poder ficar em casa embaixo das cobertas vendo filme
Curtir viagens sem rumo
Gastar o seu $$ com um curso especial
Namorar a hora que der vontade
Ter os finais de semana só pra você
Não ter hora pra fazer nada, ter uma vida sem rotina
Comer o que quiser na hora que der fome
Continuar sendo a filhinha da mamãe ou ou do papai.

Se é assim, então melhor adiar a maternidade um pouco mais... daqui a uns anos você volta a pensar no assunto...

Se você tem mais motivos pra ter ou não ter filhos, adicione nos comentários!! ;)

domingo, maio 22, 2011

Um pouquinho de respeito

E nao é que nesse mundo tem cada
vez mais gente e cada vez menos pessoas?
Naquele um mês antes de saber que estava grávida, conquistei o emprego dos meus sonhos, um não, dois empregos!
Pela manhã e esporadicamente fazia a gravacao das áudio aulas para a faculdade, sempre quis trabalhar em rádio e isso foi o mais perto que consegui chegar, uma delicia, fiquei praticamente a gravidez toda gravando. Todos os dias a tarde, tudo o que eu sempre quis: Um chefe muito legal, uma equipe muito legal, um espaço de trabalho lindo, enfim, nada como trabalhar em uma ong que lida com histórias de vida. Sim, eu trabalhei no Museu da Pessoa, lá descobri minha vocação: Edicão de vídeo. Ah... eu poderia passar o resto da minha vida fazendo isso!! Pena que era estágio e como tudo que é bom dura pouco, durou 6 meses, o tempo suficiente pra eu ficar beeem barriguda e passar o resto da gravidez em casa de pernas pro ar esperando...
Tudo era ótimo, com uma exceção: o trajeto.
Grávidas que não tem carro e nem grana pra ir de táxi sabem do que estou falando.
Ficar grávida em uma cidade superlotada não é legal.
No começo da gravidez minha vontade era de pintar na testa: ESTOU GRAVIDA!! bem grande, em vermelho, igual quando vc passa na faculdade sabe? Ou escrever na camiseta, usar um bottom bem grande pendurado, enfim, qquer coisa que indicasse que havia uma vida dentro de mim.
Mas não, eu não fiz nada disso, e passei os 9 meses seguintes tentando conseguir um lugar pra me sentar no ônibus. No início ainda foi pior, o cansaço, o calor infernal, aquele monte de gente respirando um ar viciado, dava uma tontura, uma sensação de que eu ia cair ali mesmo... e o povo não liga, não ta nem aí... afinal cada um com seu cada qual, não é mesmo?
Eu já briguei muito por lugar de grávida, mas quando não era eu a grávida. Eu tenho dessas, adoro tomar como minha a dor dos outros, mas quando foi comigo parece que a coragem sumiu, não sei, acho que grávida fica meio sensibilizada...
Mas quando alguem toma suas dores pq percebe que aquela barriga não é de chopp, o outro que estava sentado ainda responde: Nossa! eu nao percebi, era só ter avisado!
AVISADO??? entao tá, na próxima venho com a minha placa pendurada no pesoco: TO GRÁVIDA, LEVANTA! ta bom assim pra vc?
Eu sempre fui uma pessoa que preferia andar em pé e deixar o assento preferencial vazio para que não tivesse que ficar na dúvida se aquela mulher está ou não grávida, se ela estivesse que se sentasse sem ter que me AVISAR entende? eh muito simples, se vc não consegue distinguir uma barriga de chopp de uma barriga de grávida evite tal constrangimento e deixe o assento vazio!
pois eh... mas a historia nao acaba por ai... tem os idosos que como já passaram por muita coisa nessa vida, não têm papas na língua (ai como eu queria ser assim tbm!) e pedem o lugar, mas as vezes pedem o lugar pra nós, pobres grávidas, com barriga ainda pequena, ai ai... Lá se vai o assento que conquistei, sim pq eu não consigo deixar uma senhorinha em pé enquanto eu fico sentada, não da!
Foi então que uma grande amiga me deu a melhor dica pra esses problemas: Sempre ande com uma revista, dessas de bebê, na mão!
E nao é que funcionou?! daquele dia em diante eu a minha revista sobre bebês não nos separamos nunca mais, assim que entrava no ônibus, abria a revista e ficava com a capa bem escancarada e apoiada na barriga, pra todo mundo ver, e em pouco tempo e um pouquinho de sorte alguém dava o lugar pra mim.
mas não pense que isso funciona sempre, acho que ainda tem gente que acha que nasceu de chocadeira.
Fica a dica.

quarta-feira, maio 18, 2011

Começando do começo


mega festa de casamento da Sabrina, já grávida, mas não sabia!
Quando descobri que estava grávida, no fundo eu pensei: Eu já sabia, mas não queria saber, entende? Não era por medo, eu quis adiar um pouquinho mais a sensação de liberdade, de não ter responsabilidade com outro ser, de ainda sentir que seu corpo é somente seu. Mas quando as duas linhas aparecem no teste isso tudo vai pra uma nuvenzinha (igual de quadrinhos) dai sopra um ventinho e a nuvenzinha voa pra loooonge... e eu fiquei olhando ela indo... indo... e ela não voltou nunca mais.
Logo de cara, nos primeiros dias, o nosso corpo ja nos dá muitas dicas, ainda mais quando é uma coisa pensada, parece até que no dia vc já sabe, mas eu não quis perceber, não já, esperei um mês, tive um mês de despedida.
Mas o dia chega e assim que soube de verdade, olhando aquelas duas linhas coloridas num bastão pensei: E agora? Não vou tomar um porre nunca mais? pois é, nunca mais porre, nunca mais baladinha, nunca mais muitas coisas... mas em compensação outras coisas surgem... tão boas ou melhores...
Agora cervejinha só sem álcool, comida natural, tudo sem conservantes, sem corantes, nada de embutido, enlatado, tudo fresco, socorro!
Comecei a ler todos os rótulos, de tudo, e descobri que no inocente pão integral que eu comia todo dia, não era assim tão inocente, tinha conservante! tudo tinha muitos "antes", me disseram até que eu não podia comer mel!! (era abortivo...) pirei! pirei e quase levei meu marido junto.
CALMA! Respira... não é assim também... temos que nos cuidar mas uma cervejinha de vez em quando numa festa nao tem problema, só pra molhar o bico! Alimentação regrada sim, mas sem neura, vamos comer bem de acordo com o possível, eu não podia me mudar pra uma fazenda biodinâmica em Botucatu, entao aceitei e aos poucos as coisas começaram a ficar melhores.
UFA! Até que não foi tão mal assim, não enjoei nenhuma vez, meus desejos eram muito simples: açaí, (estava muito calor!) e carne, muita carne e de preferência com gordura (eca!) e a fome era incrível! Acordava de madrugada pra comer!
E os sabores?! hummm, tudo era incrivelmente delicioso, nunca tinha sentido os sabores tão intensamente, que maravilha que era comer, minha frase era: nossa, nunca comi algo tão gostoso! aproveitei e fui a muitos restaurantes, comi de tudo e um pouco mais, no final da gravidez as pastilhas antiácidas eram minhas melhores amigas, meu estômago foi cedendo lugar e ficou tão pequeno que eu tinha que comer muitas vezes e bem pouco.

sábado, maio 14, 2011

"Bemvindância"!

Começamos o nosso novo projeto!
Estou tão animada! Desde o nascimento do Bernardo, estava com a ideia de criar um lugar pra compartilhar os acontecimentos da minha nova vida, a vida de mãe. Mas acabei me perdendo nas infindáveis horas de cuidados com o meu novo ser mais importante, e acabei por só visitar esses lugares de "dicas" tão preciosas, e fui deixando de lado as minhas dicas.
Ter um bebê em casa é sinônimo de mudança, muitas mudanças deliciosas, e foi por isso que eu e minha querida Anahi Modeneis, resolvemos nos unir e compartilhar muitas das nossas mudanças aqui. Um pouquinho de mim, um poquinho dela, um pouquinho do Bernardo, um pouquinho do Matteo... vai virar isso tudo aqui!
Então bora lá! Sejam todas (e todos, por que não!?) bem-vindos!!!

sexta-feira, maio 13, 2011

Poema Enjoadinho


Filhos...  Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos?  Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem shampoo
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!

Vinícius de Moraes

O texto acima foi extraído do livro "Antologia Poética", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 195.